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Sobre Batalha Sitiada e Power Creep

  • Rafael Tanabe
  • 11 de jan. de 2017
  • 3 min de leitura

Olá pessoal, meu nome é Rafael Tanabe, sou jogador de Battle Scenes e também de outros cardgames, vencedor do Battle Royal 2015, e a partir de agora, um dos escritores da Smash Cards.



Uma das novidades que a Copag trouxe junto com Despertar Sombrio foi o formato Batalha Sitiada, que é um formato de rotação. No artigo de hoje vou falar um pouco sobre o formato e a importância dele para o Battle Scenes.


No formato Batalha Sitiada podemos utilizar cartas impressas a partir da coleção Múltiplas Identidades, até a coleção mais recente, incluindo cartas dos decks dessas coleções e cartas exclusivas de Battle Box; O formato possui a sua própria lista de banidas. Mas o mais importante é que a cada ano as coleções válidas no Sitiada irão mudar, com coleções novas sendo incluídas e coleções mais antigas sendo excluídas. A rotação traz vários benefícios para o jogo: ajuda a inclusão de novos jogadores, a balancear o metagame, deixa o jogo menos estagnado, possibilita reprints, etc. Mas o maior beneficio é corrigir um problema que já acontece no BS: o Power Creep.


Power Creep é um termo utilizado para uma situação comum em jogos onde o conteúdo novo costuma ser claramente mais forte que o conteúdo anterior. Isso acontece principalmente para justificar as vendas do produto novo; Se esse produto for de um nível equiparável com o existente muitos jogadores não teriam motivos para comprá-lo. Com o tempo isso pode se tornar um problema grande, com o power level de cartas novas sendo muito superior que o de cartas antigas, fazendo com que o jogo se torne completamente diferente de como começou. Podemos observar claramente isso no BS em diversos casos, como por exemplo:

















O Carnificina V1, em relação ao Toxina V1; ambos possuem 5 de vida inicial, 1 de escudo, 3 poderes e uma ação de antecipação de custo (1) que da 1 de dano penetrante; o Toxina entretanto tem a possibilidade de usar mais uma vez a ação. Podemos ver isso mais uma vez com a Xavin V1, que possui escudo maior, dois efeitos no texto, 4 poderes, possui uma ação que além de dar 1 de dano penetrante pode fazer outras coisas. E ela é super rara, uma raridade menor que a do Carnificina V1 e Toxina V1.


As 5 ultra raras de UM, se fossem printadas hoje, não seriam ultra. O power level delas é menor que o de diversas super raras que temos hoje em dia. O mesmo vai acontecendo com a maioria das cartas, exceto algumas que já possuíam um power level superior (como retirada, portal, resgate, etc).


















Com um formato de rotação esse problema pode ser corrigido, pois as cartas novas não precisam ter um power level maior para justificar a compra. Como os jogadores deverão substituir as cartas de seus decks de qualquer forma, a coleção não depende de ter um power level superior para vender, e sim de trazer cartas diferentes das de coleções atuais. Um bom exemplo disso é o Bater em Retirada, que é um cenário claramente inferior ao Retirada Estratégica, porém é usado na impossibilidade de se usar o outro. Ou o cenário Novos Horizontes, que ajuda a procurar cenários no deck, similar ao que o Mystério fazia.


No geral a inclusão do Batalha Sitiada foi um grande avanço para o jogo, que com o tempo tem ficado cada vez melhor. Possivelmente o formato vai ajudar com o Power Creep do jogo, e ser popular em todas as regiões. Espero que tenham gostado desse primeiro artigo, e se tiverem algum feedback eu fico muito grato. Até a próxima!

 
 
 

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